segunda-feira, 16 de abril de 2012

Unidos pela Saúde e pela preservação do patrimônio histórico de Bagé

No discurso da tribuna na sessão de hoje (16/04), a Vereadora do PSD Jussara Carpes enfatizou o pedido de união pela qualidade em saúde.

Jussara ressaltou a coluna do radialista Edegar Muza que elucida que somente unidos venceremos a luta pela saúde.

- Só vencemos quando unimos esforços pois assim conseguimos mais recursos .

A vereadora anuncia ainda que primar pela saúde é primar pela vida.

- Eu passei por um problema sério de saúde e sempre lutei pela qualidade e hoje luto mais ainda para que todos tenham condições de tratamento.

Jussara Carpes parabenizou o presidente da ABEC e toda a associação pelos 25 anos de trabalho no carnaval e agradeceu a Dona Olga Coronel pelo cartão e também as flores enviadas pela luta para denominação da rua.

História da Hidráulica

A Hidráulica de Bagé "foi oficialmente recebida em 26 de junho de 1913", como obra do Intendente Municipal José Otávio Goncalves que faleceu em 7 de abril de 1913, portanto, dois meses antes da entrega oficial da hidráulica.

Foi elaborada uma lei, para assembléia dos representantes do Estado que autorizasse o Município a contrair o empréstimo de três mil contos de réis à rede hidráulica da cidade para completar o serviço de água, bem como instalar filtros, pois a água, com suas impurezas, era um "atentado à saúde pública". Foi concedida a autorização para o empréstimo; com a concorrência pública, feita pelo Estado, para o valor de 2.500 contos de réis. Foi aceita a proposta de empréstimo de J. G. White and Company Incorporated, da cidade de Nova York, com juros de 7% ao ano, em vinte anos. O empréstimo foi assinado em 9 de julho de 1927.

Com o empréstimo conseguido, a municipalidade chamou concorrência para ampliação da rede hidráulida, cujo projeto teria sido executado na Secretaria de Obras Públicas do Estado, pelo engenheiro Antônio Siqueira, chefe da Comissão de Saneamento, que constava do seguinte, entre outros: aumento da rede pública de água, colocação de registros, hidrantes e hidrômetros,casa para guarda da barragem, filtros rápidos e aparelhos de tratamento e esterilização da água. A Companhia Construtora Sul Brasil, com sede em Bagé venceu a concorrência para execução do projeto, e a do engenheiro Gildo Guizardo; as propostas ficaram em estudos na Secretaria de Obras Públicas do Estado. Consideradas as duas propostas, foi vencedora a Companhia Construtora Sul Brasil. Existiam funcionando 1954 penas d'água. A água era oferecida praticamente de graça para a população, embora com impurezas, pois a taxa de R$ 1.230 réis diários, paga pela população, era considerada baixa (Relatório do Intendente Munucipal, Carlos Cavalcante Mangabeira).

Possuía dois depósitos de 1.700.000 litros, fornecendo diariamente 6.800.000 litros, e 3.000 em instalações em domicílio; a distribuição da água era feita por declive natural.

A Hidráulica, com filtros cujas telas estavam completamente deterioradas e onde a água era deficientemente cuidada, mereceu atenção. Sem a utilização de "filtros particulares", era perigoso o uso do líquido. Dentro das "casa dos filtros" foi construída uma peça, para "Laboratório de análises". O laboratório foi dotado de aparelhagem para exames, sendo encarregado o "bacteriologista" Átilla Taborda, que estabeleceu um "sistema" no tratamento que foi muito considerado pelo doutor Arno Bernhradt, da Diretoria Geral de Saneamento, Secretaria de Obras Públicas do Estado do Rio Grande do Sul, em ofício de 30 de junho de 1938. O tratamento da água era feito com alumínio e cal, em doses "proporcionadas". As análises eram realizadas diariamente e encaminhadas, mensalmente, à Diretoria de Saneamento do Estado do Rio Grande do Sul, com boletins dos exames.

O abastecimento de água feito pela prefeitura contava com 9 mil quilômetros de linhas adutoras e 52.032 km de linhas distribuidoras. Existiam 1462 hidrômetros e 2.137 torneiras d'água. O líquido, na época, fornecido para a população, seria toda tratada e filtrada, com uso de sulfato de alumínio, cal e cloro. Nas vilas de Seival e Hulha Negra, foram construídos, respectivamente, 4 e 5 poços, suprindo do hídrico os moradores dessas vilas.

Conservação do patrimônio

Sempre ligada a questões de patrímonio histórico a vereadora do PSD ressaltou a luta pela restauração da antiga hidráulica de Bagé.

Ela afirma que esta obra ficou assegurada desde que ela saiu da gestão da Secretaria Municipal de Cultura, há mais de três anos. A vereadora continua acompanhando os trâmites da obra.

A parlamentar salienta que a antiga hidráulica representa mais do que a recuperação da estrutura física, mas, principalmente, um resgate histórico do município e a valorização do seu patrimônio cultural.

- Ali será permanentemente contada a história da água e os cuidados que devemos ter em relação a ela.

O projeto foi elaborado pelos arquitetos Marcelo David Pereira, Maria Fátima Schmidt Barbosa, Núbia Margot Menezes Jardim e Diane Penha Machado. A meta é retomar a ideia de parque público e criar no local um espaço para atividades de lazer, cultura e educação ambiental.

- Não queremos perder esses recursos e até agora não vejo a continuação das obras, estarei acompanhando e vendo se irão dar continuidade, finaliza Jussara Carpes.

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